O nome “Baía da Traição” parece ter sido dado ao lugar pelos portugueses, pois para os índios Potiguaras que ali viviam, a baía sempre se chamou “Tibira Caiutuba” ou “Caeiouael de Tibera” que na linguagem deles significa “Cajuzal da Sodomia”. Fundamentos irrefutáveis levam a acreditar que as terras da Parahyba foram tocadas pela primeira vez em 1501, quando uma armada em que Américo Vespúcio viajava, ali ancorou.Conta o famoso navegador em carta sobre essa viagem que, vindo em terra alguns da armada, tentaram sem sucesso, contatar um índio. Voltaram então aos navios ancorados, mas não antes de deixarem-lhe como presentes espelhos, facões e outras novidades com as quais, de longe perceberam, ficara maravilhado.Na manhã seguinte, das naus se via que na praia se ajuntavam muitos nativos da terra, os quais faziam muita fumaça e. acenavam para que fossem estar com eles. Dois dos cristãos embarcados, insistiram com o capitão da armada, a licença para ir até a praia e, ver de perto que estirpe de gente era aquela, se possuíam riquezas ou especiarias. Diante disso, o capitão por aquiescência cedeu aos seus anseios, porém não sem antes ordená-los que, regressassem em não mais do que cinco dias.Quase todos os dias, os que nos navios estavam, viam aparecer muita gente na praia, mas aqueles não pareciam mais seduzidos pelos navegantes.Passados sete dias da vinda dos dois cristãos à praia, vieram alguns outros em busca dos primeiros e, ao seu encontro vieram muitas mulheres, contudo percebendo eles que, não conquistavam a confiança das índias, resolveram mandar-lhes um dos seus, um mancebo.O mancebo foi de pronto cercado pelas mulheres índias que, pasmas lhe apalpavam e o admiravam com fascínio. Enquanto isso, desceu morro abaixo, uma índia que carregava na mão um grande tacape. Chegando ela e, pelas costas, aonde estava o jovem grumete, alevantou a tora e desferiu contra ele tamanha porrada que, o cristão caiu estendido por terra. Imediatamente, as outras índias, arrastavam pelos pés e, morro acima, o coitado pela praia. Enquanto isso, os homens desciam pela falésia, armados com seus arcos e flechas e, choviam tantas flechas que, no frenesi daquele rebu, ninguém nem mesmo conseguia, nos bateis varados na areia aonde estavam abrigados, lançar mãos de suas armas.Foram disparados quatro tiros de bombacha que, embora não tenham atingido nenhum dos índios, o estrondo foi o suficiente para fazer os homens fugirem assustados, subindo o morro. No alto, já estavam as índias que, enquanto despedaçavam e assavam o mancebo numa grande fogueira, o devoravam exibindo os seus membros decepados. Já os homens nus, faziam sinais, indicando que igual destino teria sido dado aos dois primeiros cristãos que, ousaram pisar em suas terras.Tamanha selvageria foi para aqueles navegadores uma injúria intolerável, tanta que, mais de quarenta deles desejaram à praia retornar e dizimar os nativos silvícolas. O capitão-mor, no entanto, não lhes deu o gosto desse consentimento, e ordenou que fossem içadas as âncoras.Assim, partiram os viajantes humilhados, ofendidos, contrariados e imputando a culpa dessa vergonha ao seu capitão.
Diletos leitores, eu sou Antonio Leite Júnior, médico veterinário com mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos e Biólogo pela Universidade Federal da Paraíba. Agora, faço Bacharelado em Ciências das Religiões também na UFPB. Conheço o inglês, o espanhol e um pouco o alemão. Na verdade o blog é seu, pois será você quem lê meus artigos, comenta sobre o que escrevo e gostará ou não de minhas postagens.
Eu me chamo Antonio
quarta-feira, 6 de maio de 2020
O alpha da Parahyba.
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